sexta-feira, 17 de março de 2017

Filmes

Esses serão os meus relatos sobre três filmes que falam sobre a sexualidade infantil: Billy Elliot, Minha vida em cor de rosa e Tomboy.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Dança



Museu da Pessoa


Tema: Danças





O que é dança?dança é a arte de movimentar expressivamente o corpo seguindo movimentos ritmados, em geral ao som da música. É considerada a mais completa das artes porque envolve elementos artísticos como a pintura, escultura, música e teatro, sendo capaz de exprimir tanto as mais fortes quanto as mais simples emoções.

História e origem da dança – A dança é uma das formas de expressão de sentimentos mais antiga usada por nós. Nos tempos da Antiguidade, a Bíblia faz referência a várias danças sagradas ou profanas, como o rei Davi (II Samuel 6:14) e os profetas de Baal (I Reis 18:26). No Egito existiam danças fúnebres, da colheita e as danças de culto (em adoração a Osíris, por exemplo).
As primeiras escolas de dança surgiram no século XV, no período renascentista.


Na dança há vários estilos e vamos ver alguns deles:


Ballet: O termo deriva do italiano ballare que significa bailar. O balé clássico é o desenvolvimento da dança primitiva, que se baseava no instinto e, a dança começou há 500 anos na Itália. O primeiro balé registrado foi em 1489.
Break: Breakdance é um estilo de dança de rua, faz parte da cultura do Hip Hop, criada por afro-americanos e latinos na década de 70 em Nova York.
Capoeira: A capoeira tem origem na época da escravidão, sendo considera um perigo, principalmente aos senhores de engenho.
Dança Africana: A dança africana nasceu nas aldeias, acentuando a unidade entre seus membros, por isso é quase sempre realizada em grupo.
Dança contemporânea: Não se define em técnicas ou movimentos específicos, pois os bailarinos tem total autonomia para realizar seus movimentos.
Dança indígena: O índio dança para celebrar atos, fatos e feitos relativos à vida.
Dança de Rua: Teve influência na grande crise que assolou os EUA em 1929. Os músicos e dançarinos que trabalhavam nos cabarés foram despedidos e passaram a fazer shows na rua.
Dança do ventre: Surgiu no Antigo Egito, em rituais, cultos religiosos, onde as mulheres dançavam em reverência a deusas.
 Forró: O termo “forró” vem de festa onde se dança se toca, enfim, onde há diversão. O forró surgiu em 1975, sendo uma mistura de vários ritmos.
Frevo: O frevo é um ritmo musical e uma dança brasileira com origem pernambucana, misturando marcha, maxixe, elementos da capoeira e dobrado. Foi declarado pela UNESCO em 2012 um Patrimônio Imaterial da Humanidade.
Hip Hop: Surgiu no ambiente urbano nova-iorquino, nos anos 60 e 70, sendo um conjunto de quatro elementos: DJ, Grafite, Mc e Dança.
Pole dance: O pole dance começou como uma Yoga realizada em um poste. O pole dance conhecido hoje, surgiu durante os anos 20, no ápice da Grande Depressão Americana.
Samba: O samba se originou dos antigos batuques trazidos pelos africanos escravos para o Brasil. Os ritmos dos batuques os poucos foram incorporando elemento de outros estilos musicais. A palavra samba vem de diversão e festa.
Sertanejo: A dança sertaneja nasceu na Brasil e é caracterizada por muitos como dança de salão. Os estilos se dividem em vanerão e sertanejo universitário.
Tango: O tango é uma variedade musical nascida nas periferias de Buenos Aires e Montevidéu no final do século XIX.
 Valsa: A valsa é um estilo de dança clássica, apesar de sua origem ter sido campestre. A dança nasceu na Alemanha e na Áustria no inicio do século XIX.
Vanerão: Tem origem alemã e se desenvolveu no Rio Grande do Sul.

Zumba: A zumba foi criada por um professor de aeróbica e personal trainer colombiano. A zumba mistura elementos da salsa, samba, merengue, mambo, flamengo, dança do ventre, hip hop, entre outros.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Fundação CASA

Fundação CASA


            A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), é uma instituição vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania, tendo como missão primordial a aplicação de medidas socioeducativas de acordo com as diretrizes e normas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE).
            A Fundação CASA oferece assistência a jovens de 12 a 21 anos incompletos em todo o Estado de São Paulo. Eles estão inseridos nas medidas socioeducativas e privação de liberdade (internação) e semiliberdade. As medidas – estipuladas pelo Poder Judiciário – são aplicadas de acordo com o ato infracional e a idade dos adolescentes.

História

A assistência à criança e ao adolescente no Brasil passou, por várias fases, essa história é confundida com a história do atendimento aos adolescentes carentes e infratores do Estado e do País.
Em 1871, foi decretado a Lei do Ventre Livre e com isso começou a evidenciar o problema do jovem abandonado. O Governo, criou, então, o primeiro sistema de atendimento à criança e ao adolescente.
Com a abolição da escravatura, em 1888, houve um grande aumento no número de abandono e infratores. Em 1894, o jurista Candido Mota propôs criar uma instituição específica para adolescentes. Dois anos depois, a Roda, sistema usado pelos conventos da época para recolher donativos, foi transformada na Casa dos Expostos devido ao número de crianças atendidas pela mesma e também pela deficiência de proteção dada pelas amas pagas para alimentar as crianças no período de adaptação.
A questão do menor não é um tema recente no país, é frequentemente relacionado ao fenômeno da urbanização das cidades, o envolvimento dos jovens no crime – principalmente os jovens em situação de risco – vem sendo muito debatido ao longo dos últimos cem anos no Brasil. A palavra “menor”, teve vários significados, quando relacionado à criança e adolescente.
No final do século XIX, esse termo caracterizava a criança pobre e marginalizada pela sociedade. Na virada do século, a palavra “menor” deixou de ser um indício só de idade, mas passou a definir a responsabilidade de uma pessoa diante da lei. No entanto, já compreende que, além das crianças que praticavam delitos, essa responsabilidade se estendia para as pobres ou abandonadas.
Segundo o primeiro Código de Menores brasileiro, de 1927, o juiz de menores era a “autoridade competente”, e a ele competia cuidar e fiscalizar as irregularidades cometidas e/ou sofridas por crianças e adolescentes. Em 1941, a infância abandonada passou a ser alvo de intervenção do Serviço de Assistência aos Menores (SAM). Em 1964 o SAM foi substituído pela Fundação Nacional para o Bem-Estar do Menor (Funabem), à qual foi delegada pelo Governo Federal a implantação da Política Nacional do Bem-Estar do Menor, do qual o objetivo era coordenar as organizações Estaduais de proteção às crianças e adolescentes. Com o decreto de 29 de dezembro de 1967, criou-se a Secretaria da Proteção Social do Estado de São Paulo, o Serviço Social de Menores foi plenamente transferido para essa Secretaria. Pouco tempo depois, foi criada a Coordenadoria dos Estabelecimentos Sociais do Estado (CESE), à qual ficou com a responsabilidade de cuidar do atendimento ao jovem.
Em 1976 a Secretaria de Promoção Social mudou o nome da Fundação Pró-Menor – Fundação esta que foi criada dois anos antes, afim de agrupar todas as unidades de atendimento a jovens e crianças – para Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem), para adaptar-se à política federal relacionada a área do menor (Funabem).
Nos anos de 1990, a Febem deixou de atender adolescentes carentes, em decorrência do advento do ECA, deixando a cargo da Febem o atendimento aos infratores. Na época, o atendimento aos jovens era focalizado e centralizado na Capital. Em 1998 esse sistema começou a mudar, com um programa de descentralização lançando no governo Mário Covas.
A Fundação CASA/SP foi fundada para substituir à antiga Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem). A mudança de nomenclatura, que se deu por meio da Lei Estadual 12.469/06, aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo em dezembro de 2006, com o objetivo de adaptar a instituição ao que prevê o ECA e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). No mesmo ano, a Fundação iniciou um amplo programa de descentralização, com a construção de novas unidades no Interior de São Paulo.

Ensino


Todos os adolescentes atendidos na Fundação CASA vão à escola, tendo o acesso aos Ensinos Fundamental e Médio. Para garantir a escolarização, a Fundação firmou parceria com a Secretaria Estadual de Educação, que determina as escolas vinculadoras de acordo com a localização dos centros socioeducativos e das escolas estaduais. Estas matriculam os jovens que cumprem medida socioeducativa de internação, disponibilizando professores não efetivos para darem aulas nos centros da Fundação CASA.
As salas dos centros são divididas por níveis:

·         Ciclo 1: da 1ª a 4ª série ou do 2° ao 5° ano;
·         Ciclo 2: da 5ª a 8ª série ou do 6° ao 9° ano;
·         Ensino Médio 3: do 1° ao 3° ano do Ensino Médio

As salas são baseadas no EXAME NACIONAL PARA CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA DE JOVENS E ADULTOS – ENCCEJA, que divide as aulas em blocos de conhecimentos: Linguagens e Códigos, Ciências Naturais e Exatas e Ciências da Terra. Esse sistema é um meio de avaliar as competências e habilidades básicas dos jovens e adultos que não tiveram acesso à educação na idade certa, além de acelerar o ensino. Os agentes de segurança acompanham todas as aulas, em toda sala existe um agente na porta, e são eles que trazem os adolescentes para as aulas e os levam para os quartos. É aconselhado, pelos agentes, que os professores fiquem sempre na frente da sala, evitando caminhar entre os alunos.
Na Fundação os alunos têm a oportunidade de prestarem o Enem PPL, que se destina a jovens e adultos que estão privados da liberdade. O Enem PPL teve início em 2010 e é um programa do governo federal adaptado a partir do Enem convencional e tem o objetivo de garantir o acesso ao Ensino Superior para os reeducandos, tanto do Sistema Prisional quanto os do Sistema Socioeducativo, ou conseguir a conclusão do Ensino Médio através do resultado do resultado do Exame. A liberdade dos reeducandos para estudar, no entanto, depende da aprovação da Justiça. Os resultados conquistados no Enem PPL são usados para compor a avaliação da qualidade do Ensino Médio no País, financiar a implementação de políticas públicas, criar referência nacional para o aperfeiçoamento dos currículos do Ensino Médio, aprimorar os estudos e indicadores sobre a educação brasileira, bem como estabelecer critérios de acesso do participante a programas governamentais e constituir parâmetros para a auto avaliação do participante, tendo em vista a continuação de sua formação e a inclusão no mercado de trabalho.
Os adolescentes que prestam o Enem PPL têm a possibilidade de ampliar suas escolhas futuras, obtendo uma melhor formação que lhe proporcione uma carreira profissional”, analisa a gerente de Educação Escolar da Fundação CASA, Neuza Maria E. Flores, e acrescenta:
Para quem tem mais de 18 anos e presta a prova, o foco primário é conseguir concluir o Ensino Médio e, assim, poder concorrer com os outros candidatos nos processos de seleção para o Ensino Superior”.
De igual modo, os jovens que prestam o Enem PPL são preparados, principalmente no período da educação escolar, com professores da Secretaria Estadual da Educação. A educação formal na Fundação CASA segue o calendário e o material didático da rede pública estadual. Cada centro socioeducativo, porém, tem autonomia para, dentro da agenda diária de atividades de cada adolescente, disponibilizar uma preparação extra, com a colaboração de pedagogos da própria Fundação.

Além do ensino formal, os jovens que cumprem medida socioeducativa na Fundação CASA participam de aulas e oficinas nas áreas de música, cultura urbana e teatro. Nas aulas, os jovens têm a oportunidade de ter contato com o conhecimento relacionado ao mundo da cultura e da arte, trabalham com os conteúdos da arte-educação e não ficam apenas na técnica, mas eles têm capacitação e formação humana, tendo a arte e a cultura como conteúdos pedagógicos, construindo e desenvolvimento conhecimento, trazendo significados à prática e contextualizando a manifestação cultural em questão.
Exitem várias atividades que são oferecidas, tais como dança, teatro, circo, rádio, hip hop (grafitti, street dance, rap), fotografia, vídeo (oficina de imagem), literatura, HQ, artes plásticas, capoeira, entre outros. São realizados também atividades extras, como palestras com artistas com artistas renomados, shows e workshops. A Fundação CASA oferece também cursos profissionalizantes, são mais de 70 cursos de Educação Profissional Básico. Esses cursos são divididos em oito áreas: Administração; Alimentação; Artesanato; Telemática/Informática; Construção e Reparos; Serviços Gerais (jardinagem, mecânica de moto, corte e costura...); Serviços Pessoais (Beleza, Estética e Saúde); Turismo e Hotelaria.

“Mente sã, corpo são”

Todas as atividades desenvolvidas sob a coordenação da Gerência de Educação Física e Esporte da Fundação CASA são abertas a todos os jovens atendidos em medida socioeducativa. É transmitido valores como disciplina, ética, respeito, dedicação e superação, a fim de formar cidadãos, pois a prática esportiva é uma das ferramentas mais usadas e mostraram os melhores resultados para a inclusão social.
 Sendo assim, para completar a formação dos jovens, são ministradas oficinas de arte e cultura, educação profissional e ensino formal (escolar). Cada uma destas áreas é vinculada a uma gerência específica, de forma unificada a todas as unidades da Fundação CASA, para que elas falem a mesma linguagem no setor pedagógico, respeitando as diferenças regionais.

PPP


Todos os centros socioeducativos da Fundação CASA pautam o atendimento por meio do plano político-pedagógico, também conhecido como PPP. Todo ano, cada centro da instituição – sejam eles de atendimento inicial, internação ou semiliberdade – fazem revisão do PPP, com a presença de todos os funcionários.
O PPP é o que vai determinar, a partir de uma análise da realidade do centro, qual será o modelo de atenção e o referencial teórico de trabalho, também é o ponto de partido de todo o planejamento estratégico da Fundação CASA, pois depois de discutido no centro, o PPP serve de base para que cada uma das 11 Divisões Regionais da Fundação CASA façam planejamento estratégico localizado. E, de modo crescente, todas as regionais, a partir dos seus PPP’s, participam do planejamento da Fundação como um todo.

Construção de um PPP


Os centros de atendimento da Fundação CASA elaboram todo ano seu plano político-pedagógico, que compõem o corpo do planejamento da Divisão Regional. O plano deve ser desenvolvido e discutido por toda a equipe do centro sob a coordenação do diretor e orientação da encarregada Técnica da Divisão Regional/Assistente do Direção.
O plano deve conter o diagnóstico de realidade, o modelo de atenção e seu referencial teórico:

          I.        O DIAGNÓSTICO DA REALIDADE DEVE CONSIDERAR:

1.    Objetivo do Centro, dentro da missão da fundação

2.    Perfil do atendimento do Centro:
·         capacidade instalada em Portaria;
·         capacidade física;
·         característica do cumprimento da medida (primeira internação, duas internações, múltiplas internações);
·         faixa etária;
·         caracterização do centro;
·         caracterização do município sede do centro;
·         caracterização do corpo funcional contemplando:
a)    Funcionário, cargo, função, formação;
b)    Afastados;
c)    Readaptados.

3.    Perfil dos adolescentes atendidos:
·         Perfil dos adolescentes e de suas famílias;
·         Caracterização da região de morada do adolescente;
·         Oferta profissional, na região de morada do adolescente;
·         Levantamento da rede socioassistencial para atendimento das famílias e adolescentes.

        II.         MODELO DE ATENÇÃO E REFERENCIAL TEÓRICO

O modelo de atenção deve ser posto de forma a dar respostas aos achados do diagnóstico de realidade do centro socioeducativo. A oferta de serviços na área de saúde, pedagógica e segurança e disciplina devem contemplar a caracterização do centro e seu objetivo, tendo como foco o atendimento ao adolescente e à família. Assim, os recursos humanos e os recursos e subsídios com os quais o centro pode contar, tornam-se meios e estratégias para a realização do atendimento socioeducativo.
No PPP, a opção e a adoção de um modelo de atenção são as bases para o esclarecimento de ações que deem as respostas às necessidades detectadas no diagnóstico da realidade da CASA.


REQUISITOS


O pedagogo é o profissional que atua em processos relacionados ao ensino e aprendizagem. Seu trabalho está intimamente ligado ao do professor e é considerado como um apoio educacional.
Ele é especialista em educação e associa o aprendizado às questões sociais e à realidade em que o estudante se encontra. Desta forma, o pedagogo contribui para a qualidade do ensino e aprendizado, fortalecendo a construção do conhecimento.
'Não dá para mandar chamar os pais'
Seria uma aula comum se os alunos não fossem monitorados por funcionários de plantão nas portas das salas.
Para lecionar nas unidades da Fundação Casa o docente tem de manifestar interesse na Secretaria estadual da Educação e passar por entrevistas.
"O sistema é igual ao da rede estadual. Nosso objetivo é fazer com que os internos, ao saírem da Fundação, retornem à escola, por isso tentamos aproximá-lo da rede", diz Neuza.


VANTAGENS E DESVANTAGENS PRESENTES NESTE CAMPO DE ATUAÇÃO


Trancada com cadeado, a grossa porta de ferro esconde a sala de aula. O quadro negro fica ao lado das reforçadas grades amarelas da janela. As cadeiras, feitas de plástico e de ferro, substituiu as de madeira e ficam enfileiradas, uma atrás da outra.
Os jovens têm o mesmo corte de cabelo e vestem uniformes e as respostas são sempre acompanhadas de “senhor” ou “senhora”. Essa unidade é de Franco da Rocha. Eles carregam sonhos dentro de si, e foram abandonados no meio de estradas por causa de drogas e delitos.
Lucas, um jovem de 17 anos que na escola formal tirava notas entorno de um (1) e dois (2) nas provas, hoje só tira nove (9) e dez (10) e está no 9° ano do Ensino Fundamental e a matéria que mais gosta é Matemática.
Jonas tem 18 anos e não sabia escrever seu próprio nome, sozinho e dois anos fora da escola, se sentia envergonhado. “Eu nunca imaginava que ia aprender”, conta o garoto que hoje é um dos mais esforçados da unidade.
Assim como Lucas e Jonas, há outros jovens que, através da educação recebida na Fundação mudaram de vida e alguns até entraram em Universidades, pois viram na educação a porta para mudar a realidade.
A professora Andrea trabalha a 3 anos na Fundação CASA, incentivou o jovem Jonathan e viu que ele tinha muito interesse por Química, então passou a fazer perguntas elaboradas relacionadas ao assunto de interesse do rapaz. Além das perguntas, a professora fazia experimentos na sala de aula, com o material que era disponibilizado, o giz.
“Ela deu o empurrão que eu precisava e não vou perder essa chance, o estudo”, relata Jonathan. Para o professor, a vantagem é o fato de poder contribuir para uma sociedade melhor, fazendo desses alunos em pessoas melhores, tirando-os da estatística de menores infratores a cidadãos mais conscientes.
São inúmeros as desvantagens para um pedagogo trabalhar na Fundação CASA, a começar pelo descaso dos próprios funcionários que lá trabalham, pois eles desvalorizam o trabalho do pedagogo, outro fator é o fluxo escolar irregular. Neste caso, os alunos são matriculados pela escola vinculada ao centro, mas quando cumpre a medida determinada pela Justiça, o jovem deixa o centro, o que acaba comprometendo a continuidade da organização e do trabalho no espaço da sala de aula.
Segundo Zabala, outro fator de desvantagem é a disposição e organização social dos estudantes na sala de aula,
[...] os professores da educação, para que reflitam sobre a importância de se organizar o grupo de alunos, levando em consideração o tipo de aprendizagem e, contudo, que esperam desenvolver nestes, percebendo que a organização social da classe tem relação com a aprendizagem.”. (ZABALA, 1998).
Nas salas de aula do centro, os jovens infratores são organizados de acordo com a segurança e não de acordo com as necessidades de aprendizagem dos alunos. Uma outra desvantagem neste trabalho é a desigualdade institucional que reflete nas relações entre os professores, funcionários da secretaria da educação do Estado de São Paulo e os funcionários da Fundação CASA, quadro pertencente a Secretaria da Justiça e Promoção Social do Estado de São Paulo.


  CONCLUSÃO


Em uma de suas pesquisas, Ball vai considerar os pensamentos de Fay (1975), que apresenta duas alternativas para a policy science (ciência política): a ciência social explicativa e a ciência social crítica, destacando a observação da mesma em relação a essas duas vertentes da ciência. A ciência social explicativa é totalmente conservadora, ou seja, leva as pessoas a se reconciliarem com a ordem social em que vivem. Já a ciência social crítica é a teoria que não oferece somente a formalidade funcional da ordem social, mas é um agente estimulante da mudança no interior do complexo da vida social.
É necessário ter cuidado ao pensar sobre a utilidade e sentido dos termos, pois a ciência está sendo posta acima e contra a vida social, com relação a todos que fazem uma crítica ou uma análise social, estes não podem fazer parte ou ter uma vida social. Considerando esse ponto, a maioria dos jovens da Fundação CASA, são adolescentes pobres e que de alguma forma, criticam a desigualdade existente ao seu redor, tentando fazer justiça, de uma maneira erra, que aos seus olhos é o coreto a ser feito. Esses jovens, críticos, não podem viver em sociedade.
A ciência social crítica é muito limitada e não é estendida às considerações reflexivas sobre as formas que a ciência social é constituída – “o social” – e a própria essência ética, assim sendo, o “falsamente consciente” ou “consciência elevada”. Nada mais é do que um pensamento já existente que é posto de lado ao se deparar com algo mais consistente.
Para Fay, as ciências dentro do papel educativo, vai atribuir ao cientista social crítico, ao humanismo progressivo e ao racionalismo acrítico a reintrodução da prática cientifica social na forma de “consciência em elevação”.
Segundo Wright-Mills, não há necessidade de que os cientistas sociais sejam manipulados pelo meio, alterando também o seu próprio trabalho, ou que o uso do mesmo seja determinado por outros. Essa reflexão feita por Mills serve também para o pedagogo que trabalha ou vai trabalhar na Fundação CASA, pois apesar de ter que seguir uma ordem hierárquica, ele pode fazer a diferença sem ser moldado pelas dificuldades, o medo e até mesmo os pensamentos e dizeres preconceituosos, pois “Perigoso é tudo na vida (...), todos os lugares são perigosos. Eu não vejo periculosidade aqui (Fundação CASA) dentro, principalmente para nós professores. Eles têm uma imagem, do professor, diferente...” diz a educadora Stella Duarte, que contrariou a todos da família que diziam que era perigoso, ou que ela sofria algo por dar aula na Fundação. Stella tem 17 anos como professora e 7 deles são na Fundação CASA.
A falta de teoria deixa o pesquisador preso, logo, a falta de conhecimento para o pedagogo, o deixa preso nas ideias preconcebidas, não investigadas e precipitadas, do mesmo modo que as colocações da teoria do ser e da teoria do conhecimento são ingênuas.



BIBLIOGRAFIA



BALL, Stephen; MAINARDES, Jefferson. (Org.). Políticas Educacionais: Questões e Dilemas. Cortez. 2011.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

David Copperfield

David Copperfield foi publicado por dezenove meses, durante maio de 1849 a novembro de 1850, com o título: “The Personal History, Adventures, Experience and Observation of David Copperfield the Younger of Blunderstone Rookery (which he never meant to be published on any account)” e só em 1850 o livro foi publicado como um livro só, pois nesses dezenove meses de publicação foi lançado em revistas, jornais e em outros meios de publicação, como os folhetins, que era uma das características da época.
            David Copperfield é o oitavo romance do autor e ele é semiautobiográfico, por exemplo: tanto David quanto Charles trabalharam quando crianças, o pai de Charles era uma pessoa muito endividada e viva a se meter em encrencas, foi preso diversas vezes, a família de Charles (a mãe e os irmãos) chegam a morar na prisão com o pai. Isso aconteceu também com um dos personagens do livro, chamado Wilkins Micawber, – não é um parente direto de David, mas é um importante personagem – além de David eventualmente se tornar escritor.

David Copperfield nasceu seis meses depois do falecimento de seu pai, sendo criado pela mãe e pela babá. A mãe era um tanto imatura e ingênua, se apaixona por Edward Murdstone, que era cruel e maltratava David afim de educa-lo, uma outra característica da época.





Super recomendo!! Eu ainda não tenho o livro, mas adoraria ler as 1312 páginas, quem tiver a oportunidade de adquirir esse livro, vá e obtenha... vc não vai se arrepender!!! E se vc já leu... deixe a sua opinião a respeito do livro!

domingo, 23 de outubro de 2016

Top 10 de livros de Charles Dickens

Livros que valem a pena ler

  1.  As aventuras do Sr. Pickwick – narra as aventuras do grupo de estudo do Clube Pickwick. O titulo constitui um marco na carreira de Dickens. O livro apresenta uma vasta variedade de criticas à sociedade inglesa vitoriana.
  2. A vida e as aventuras de Nicholas Nickleby – Dickens tirou proveito de seu treino jornalístico ao escrever esta obra ficciosa, retratando fielmente as situações difíceis a que eram submetidos às crianças indesejadas nas Escolas de York Shire.
  3. Um Conto de Natal – é uma das maiores clássicos natalinos de Charles Dickens. Esse livro conta a história do Sr. Scrooge, um homem avarento que não gosta do Natal e passa a ser visitado pelos espíritos natalinos, esse livro virou vários filmes e em 2009 a Disney lança em 3D o filme “Os fantasmas de Scrooge”.
  4. O Grilo da Lareira – foi lançado em 20 de dezembro de 1845 e não foi publicado em séries. Dickens descreve o romance como “calmo e doméstico [...] inocente e bonito”. É o 3º de 5 livros natalinos.
  5. Grandes Esperanças – foi escrito em forma de folhetim e publicado semanalmente, no período de dezembro de 1860 e agosto de 1861, tendo por grande característica a história de redenção moral do protagonista Pip, um órfão criado rigidamente pela irmã em um lar humilde e disfuncional.
  6. Um Conto de Duas Cidades - tem como ponto de referencia a revolução Francesa, mostrando os problemas sociais e políticos da Inglaterra.
  7. A pequena Dorrit – é um romance que, em forma de sátira fala sobre as falhas do governo e da sociedade da época.
  8. O Mistério de Edwin Drood – esta obra ficou inacabada por causa da morte de Dickens, aos 58 anos, em 09 de junho de 1870. Esse livro seria o primeiro a embarcar no gênero da literatura policial e Dickens não deixou nenhum roteiro para que outro pudesse finaliza-lo.
  9. Oliver Twist – conta a história de um garoto órfão, é um dos romances onde o autor trata do fenômeno da delinquência provocada pelas condições precárias da sociedade inglesa. Foi o primeiro romance inglês a ter como protagonista uma criança.
  10. David Copperfield – semi-autobiografico foi publicado primeiro em forma de folhetim de maio de 1849 a novembro de 1850, sendo considerado pelo próprio Dickens como o filho predileto. 

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Charles Dickens

Cronologia Bibliográfica
Charles Jonh Huffam Dickens nasceu em Landport, sul da Inglaterra, no dia 07 de fevereiro de 1812. Aos dois anos de idade, mudou-se com a família para Londres e, em 1816 para Chatam, nos Estados Unidos da América, onde guarda as melhores recordações de sua infância. Seis anos depois, por causa de problemas financeiros, a família se muda para Camden Town, um bairro pobre, situado no centro-norte de Londres. Filho de John Dickens e Elizabeth Barrow teve que deixar a escola quando seu pai, sempre endividado, foi preso.
Prestes há completar 12 anos, o pai de Charles foi encaminhado para a prisão dos devedores, em Marshalsea. Marcas profundas foram deixadas em sua memória nessa época, Charles foi obrigado a abandonar a escola para trabalhar em uma fabrica. As péssimas condições de trabalho da classe operária lhe renderia um dos temas recorrentes de sua obra. Quando seu pai quita as dividas e reconquista a liberdade, Charles volta à escola, mesmo sem o consentimento de sua mãe e, em 1827, aos 15 anos termina a educação formal e emprega-se como office-boy em uma empresa de advocacia, onde conhece a arte da taquigrafia. Neste período, Charles apaixona-se por Maria Beadnell, filha de um banqueiro, e viu o romance ter a desaprovação dos pais da moça, suportando a desaprovação, o que se tornou algo indiferente para ele.
Em 1832 conquistou o emprego de repórter no jornal “Morning Chronicle”, onde passou a publicar crônicas humorísticas com o pseudônimo de Boz (apelido de seu irmão caçula), reunidas mais tarde como “Esboços feitos por Boz”. Dessa forma, Dickens ganhou espaço no jornal para apresentar os capítulos de “As aventuras do Sr. Pickwick”, que instaurou seu nome como escritor. No ano seguinte, começou a contribuir com pequenos contos para revistas.
Perspicaz, Dickens era um observador da sociedade vitoriana, o que lhe rendeu o título de escritor social, a inspiração do jovem repórter era o cotidiano de Londres e tudo a sua volta. Ruas estreitas, as carruagens, os bailes, a fumaça das fábricas e os malandros dos cortiços. Tudo poderia proporcionar boas anotações e uma vasta galeria de personagens, que iria desde os operários aos cavalheiros aristocratas.
No dia 02 de abril de 1836, com 24 anos de idade, Charles Dickens casa-se com Catherine Hogarth, com quem teve dez filhos. No ano seguinte, iniciou a divulgação, em forma de folhetins semanais, de “Oliver Twist” onde, pela primeira vez, apontava os males sociais da era vitoriana, esta obra foi considerada um ensaio social, um sombrio melodrama, o mais terrível de seus 
romances, onde descreve os horrores do trabalho infantil nas fábricas. O romance era ilustrado por Cruikshank.

O próximo romance foi “Vida e Aventura de Nicholas Nickleby”, publicado em 1838, também revelou as mágoas e feridas das crianças órfãs. A história foi inspirada nas Escolas de Yorkshire, internatos, dirigidos por professores perversos e ignorantes, que abrigava crianças indesejadas e marginalizadas. Mostrando os maus-tratos dessas instituições, Dickens provocou uma reação de indignação no público. Na vida real, um tempo depois, essas escolas foram fechadas. Em 1843, publicou o seu mais famoso livro de Natal, “A Christmas Carol”, na qual sucederam outros, como “The Chimes” (1844), o qual foi escrito durante uma viagem para Gênova e “O Grilo da Lareira” (1845). Em maio de 1849 começou a publicar um de seus mais conhecidos romances “David Copperfield”, é um romance autobiográfico, considerado por muitos a sua obra-prima. Aos poucos sua obra se tornou mais crítica em relação às instituições inglesas. David retrata e relata a vida tal como a viu, em uma época sombria quando trabalhava na fábrica de tintas, cercado por potes de graxa. O livro “David Copperfield” terminou de ser publicado em novembro de 1850. “Assim São Dombey e Filho” (1847), “A Casa Sombria” (1852) e “Tempos Difíceis” seguem a mesma linha de pensamento, com críticas em relação à sociedade inglesa.
Em muitos de seus romances, Charles Dickens critica as circunstância econômicas e sociais da época: a divergência entre o espaço dos empregadores e seus subordinados, as situações detestáveis do trabalho infantil, a vida miserável dos pobres e a desumanidade das prisões dos devedores, sendo testemunha dos aspectos mais tenebrosos da Revolução Industrial (século XWIII e século XIX). Dominava a arte de contar, ora faz rir, ora comove o leitor. Sua maior qualidade é a criação de tipos, que compreende os mais comuns traços característicos nos indivíduos, que aproveitados ao máximo, chega a descaracterizar seu sentido aparente.
Charles Dickens ficou famoso e era muito solicitado como orador. Criou sua companhia de teatro particular e percorreu o país, escrevendo e atuando. Esse acontecimento talvez justifique as características teatrais de alguns de seus personagens. Em seus últimos anos, costumava ler suas obras em público. Dickens conheceu o sucesso, porém sofreu algumas angústias: além do amor infeliz aos 19 anos, viu a morte prematura de seis de seus dez filhos, em 1858 separou-se de Catherine, cuja provável causa do rompimento teria sido a atriz Ellen Ternan, que o acompanhou até seus últimos dias.
Dickens escreveu ainda “História de Duas Cidades” (1859), “Grandes Esperanças” (1861) e “Nosso Amigo Comum” (1864). Nos últimos anos de sua vida, começou o livro “O Mistério de Erwin Drood”, mas faleceu antes de concluí-lo.
As crianças eram referência presente nas obras do autor. Não à toa, uma das histórias que cercam a morte de Dickens é que, em 1870, quando faleceu, o escritor recebeu uma cerimonia fúnebre de luxo na Abadia de Westminster, centro de Londres, onde a Rainha Vitória mandou condolências e os comércios de Londres fecharam as portas. Enquanto isso, uma menininha que vendia frutas na rua perguntava: “Dickens morreu? Então quer dizer que o Papai Noel vai morrer?”. Seu receio era que, com a morte de Dickens, tudo o que foi contado em “Um conto de Natal” morresse também. Entretanto, depois de 200 anos, sua obra continua viva, assim como o Papai Noel.



“Ele deixou um rastro como o de um mestre, e cada um tem a sua versão de Charles Dickens: A criança-vitima, o irrepreensível e ambicioso jovem, o repórter, o radical, o trabalhador, o andarilho incansável, o radical, o protetor dos órfãos, o ajudante dos necessitados, o homem do trabalho bem feito, o republicano, aquele que ama e detesta a América, o organizador de festas, o mágico, o viajante. O sátiro, o surrealista, o hipnotizador, o filho nervoso, o bom amigo, o mau marido, aquele que discute, o sentimentalista, o amante secreto, o admirador de circos, o fazedor de ponche, o morador do campo, o editor, o Chefe, o fumante, o bêbado, o dançarino escocês, o ator, o canastrão. Complexo demais para ser um cavalheiro – mas ainda assim maravilhoso, o insubstituível e sem igual Boz. A luz das festas. O inimitável. E acima de qualquer descrição, simplesmente O Grande. O Escritor Dedicado, que expôs a Londres do século XIX ao nossos olhos e que notou e celebrou as pessoas ‘desimportantes’ vivendo a margem da sociedade” – Claire Tomalin.





David Copperfield
          
  David Copperfield foi publicado por dezenove meses, durante maio de 1849 a novembro de 1850, com o título: “The Personal History, Adventures, Experience and Observation of David Copperfield the Younger of Blunderstone Rookery (which he never meant to be published on any account)” e só em 1850 o livro foi publicado como um livro só, pois nesses dezenove meses de publicação foi lançado em revistas, jornais e em outros meios de publicação, como os folhetins, que era uma das características da época.
            David Copperfield é o oitavo romance do autor e ele é semiautobiográfico, por exemplo: tanto David quanto Charles trabalharam quando crianças, o pai de Charles era uma pessoa muito endividada e viva a se meter em encrencas, foi preso diversas vezes, a família de Charles (a mãe e os irmãos) chegam a morar na prisão com o pai. Isso aconteceu também com um dos personagens do livro, chamado Wilkins Micawber, – não é um parente direto de David, mas é um importante personagem – além de David eventualmente se tornar escritor.
David Copperfield nasceu seis meses depois do falecimento de seu pai, sendo criado pela mãe e pela babá. A mãe era um tanto imatura e ingênua, se apaixona por Edward Murdstone, que era cruel e maltratava David afim de educa-lo, uma outra característica da época.


David Copperfield para o público infanto-juvenil

David Copperfield é a história de um menino que precisou trabalhar. Depois da morte da mãe teve que deixar a escola e ir para uma fábrica, apesar de ainda ser criança. O livro é uma espécie de flashback, onde David Copperfield relembra os tempos de infância e as mudanças que aconteceram em sua vida até se tornar adulto.A história, que se passa na Inglaterra de antigamente, mostra que não é fácil amadurecer e enfrentar dificuldades, como perder pessoas de quem gostamos, ficar sem dinheiro, viver longe da família, escolher uma profissão, encontrar gente bondosa ou/e amigos verdadeiros. Mas David Copperfield também nos lembra que a vida, apesar de suas aventuras e desventuras, pode ser uma jornada maravilhosa. Crescer não é fácil!

Bibliografia